sexta-feira, 28 de maio de 2010

jóia + intervenção + arte

o projecto tudo jóia nasceu de um convite para fazer um workshop. daí às duas peças que o grupo de alunos de joalharia do Ar.co concebeu foi um passo. necessário para chegar às peças «ponto de equíbrio» e «sem título» que serão vistas ao vivo, em Setembro, no Ar.co, em Almada.
mas tudo tem um início. como o verbo. primeiro, criámos um texto. eis que uma jóia fala na primeira pessoa. diz-nos que nasceu no dia 16 de abril, como a carolina beatriz ângelo, médica, republicana, feminista e sufragista portuguesa, que a 28 de maio de 1911 votou e foi a primeira mulher a fazê-lo em Portugal e em toda a Europa do Sul. ela foi a inspiração que deu origem a um texto colectivo. ela é a nossa jóia sufragista e por isso lhe prestamos aqui homenagem.


segunda-feira, 24 de maio de 2010

Sem Título





T-shirt com intervenções de Christie Bassil, Jon Ek, Natalia Olarte e Sonia Brum.
Materiais: gesso, cana, têxtil, papel impresso com excertos da Carta Mundial das Mulheres para a Humanidade.
Fotografia: Sónia Brum

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Ponto de Equilíbrio I



A partir de um objecto escolhido, uma “Rodilha”, surgiu o conceito da nossa proposta para este Workshop (Tudo Jóia), cujo tema genérico incidiu sobre a questão do Género (masculino - feminino). A nossa linha de pensamento iniciou-se por uma análise empírica do objecto, sobre a sua função, forma, simbolismo, materiais, manufactura e tradição. A rodilha na sua utilidade inicial servia para equilibrar e ajudar a suportar o peso das cestas ou cabazes que tinham que ser transportados pelas mulheres, nas suas actividades diárias e domésticas. Estas aliviavam a pressão de um dia de trabalho, onde a mulher era o elemento dinâmico entre a casa, a labuta e a família. Num sentido figurativo a rodilha no nosso projecto é utilizada para aliviar e equilibrar as pressões e divergências entre os géneros, sejam elas relacionais, simbólicas ou culturalmente construídas. Neste caso, não somente as de carácter antagónico, mas também nas situações de equilíbrio, apoio mútuo e contrapeso.
Texto: Rita Andrade
Fotografia: Catarina Martins, David Pontes, Rita Andrade, Vânia João.

Ponto de Equílibrio II

Numa lógica de amortização simbólica, a parceria entre os géneros também está representada, pois a complementaridade é e será sempre necessária à convivência entre o masculino e feminino. “Segundo o mito do livro Judaico-Cristão Bíblia, a mulher foi feita a partir uma costela de Adão, significando, com isso, que ela é a companheira, ou seja, está a seu lado, tal qual as costelas. O osso da costela alude à igualdade entre homem e mulher, dado que não foi utilizado um osso inferior (um osso do pé por exemplo), nem um osso superior (do crânio por exemplo), mas sim um osso do lado. Outra interpretação, em sintonia com a primeira, lembra que a mulher é protectora da vida, dado que os ossos da costela protegem o coração.” (In: http://pt.wikipedia.org/wiki/Mulher).



Texto: Rita Andrade
Fotografia: Catarina Martins, David Pontes, Rit Andrade, Vânia.

Ponto de Equílibrio III

Na sociedade contemporânea, as relações entre o mesmo género também se alteraram, pois numa panóplia constante de exigências, a solidariedade nomeadamente feminina, dá lugar por vezes a situações mais competitivas e individualistas. A “rodilha” aqui, recupera novamente a necessidade de uma maior compreensão e comunhão entre as mulheres.


As rodilhas eram utilizadas sempre por cima da cabeça, onde a mulher suportava o peso pelo seu corpo todo e em andamento. Nesta situação invertemos a colocação da Rodilha, simbolizando, não o peso do mundo sobre a mulher, mas o peso da mulher sobre o mundo.

Texto: Rita Andrade
Fotografia: Catarina Martins, David Pontes, Rita Andrade, Vânia João.

Ponto de Equílibrio IV


As tensões sexuais entre géneros são inatas à natureza do ser humano, na sua eterna deambulação entre a atracção e a repulsão. A rodilha representa, novamente um auxiliar à recorrente busca do ponto de equilíbrio.
Como jóia ou objecto móvel, o indivíduo é o seu constante suporte, suporte este que na sua imensa gestualidade exprime inúmeras situações, nomeadamente aquelas que queremos transmitir: confronto; contrapeso, equilíbrio; apoio ou solidariedade. Colocando a rodilha pelo corpo e/ou corpos, a sua mensagem transforma-se, tanto no sentido como na função. Esta foi a nossa intenção, transpor uma única situação ou contexto, uma vez que a nossa “jóia” pretende espelhar a sociedade contemporânea, numa linguagem simples mas em constante movimento e transformação. "(...) sem o outro sou pouco, tal como o indivíduo que me assume. Gosto de provocar o olhar do mundo, para que deixe de me ver apenas como uma Jóia". (In Texto colectivo)
Texto: Rita Andrade
Fotografia:Catarina Martins; David Pontes; Rita Andrade; Vânia João

segunda-feira, 3 de maio de 2010

projecto tudo jóia (III)

“Tudo JÓIA” é um projecto assinado por/by: Beatriz Mouzinho, Catarina Martins, Christie Bassil, Cristina Duarte, David Pontes, Jon Ek, Natália Salazar, Rita Andrade, Sónia Brum, Vânia Santos.
Seguem-se, brevemente, as suas histórias de vida.

David Pontes
Nasci em Maio de 1979 na cidade de Braga.
Maternalmente minhoto, paternalmente transmontano, recém-nascido, fui viver para Lisboa. Na escola o meu lugar favorito para me sentar era à janela. Nos tempos livres voava na bicicleta. Aos 17 anos lá fui eu estudar Ourivesaria para Gondomar.
Em 2001 voltei para Lisboa, preparado para encarar o mercado do mundo do ouro. Depressa reconheci que os ouros não se adequavam aos valores, e assim comecei a focar-me na construção de um mundo mais diversificado. Actualmente estudo e trabalho no ArCo.
Jon Ek
I'm from Malmö, a town in the southern part of Sweden
The landscape is flat
We have a beach and its very nice
Once my family had a dog
And a cat
Pigeon
Mouse
Rat
Lizard
Snake
Rabbit
I also have two brothers
One is a furniture designer
One is a caretaker of ancient buildings
I have two parents
We are close
When I was young we sometimes had water balloon fights
And of course in the winter it was snowballs
What I can remember the winter was a painful time
Cold water is so mutch harder then warm water.
Name: Christie Bassil
Sex: FemaleDate of birth: 31.01.1981
Civil Status: Single
Place of birth: Beirut, Lebanon
Mother: Jocelyne Litas
Father: Antoine Bassil
Sibling: Karel Bassil
Place of Residence: Lisbon, Portugal
Diploma: Bachelor of Science in Graphic Design
Profession: Designer / Design Director
Creative Experience: 6 years
Interests: Contemporary Art, Jewellery, Design, & Architecture / Avant-garde & Experimental fashion / Multiculturalism / Drawing / Writing / Travelling / Music / Analytical thinking & Constructive criticism!
Natalia Olarte
Mi Historia. ¿Mi HistOria?
Hmm … AindA La esTou DigeRendO.

¿aGOra?
MirO aL SUeLO. EM PRocuRa de…
La Luz, La Sombra, EL Color, La exposición, EL AnguLar… ToDos esos FactOres Que Hacen unA imagen PerFecTa.

¿Quién Soy?
Soy un conjunto de tOdos AquELlos Que Han iNterVEnido En Mi, con RaZóN AlgunA.
EL Sin SenTido, NãO VaLe!

¿En Qué PIeNSO?
In ThreE dIferEnt LanGuages,
Que Se ComPlemEntan
Con EL corPo

¿EN Qué CreO?
En La EneRgía.
En La TraNSFOrmaÇão,
Y Não Em La DEstruÇão.
En Las PArTicULas ViBraNtes,
Y En El BUeN RoLL!to.

SOY NatAL!a oLArtE.
NaCI en COLoMbia.
LiVed In VIgO.
Y Por AgoRa Fico Em LisBOa.
(to be continued/ continua)